IV SECÇÃO (Actividades)

Outubro-Dezembro: Dimensão "CAMINHO"

Do Chefe de Clã, Gonçalo Costa, chega mais uma mensagem direccionada aos caminheiros, mas que damos a conhecer a toda a comunidade, relativa às linhas orientadoras do trabalho da secção para este ano escutista. Leram o post anterior? É tempo de avançar, a IV já mexe!

"Caros Caminheiros!

Estamos a poucos dias de iniciar o nosso caminho pelo novo ano escutista. Iniciamos cheios de novidades, também cheios de objectivos, sonhos e ambições. É meu e suponho que também vosso objectivo fazer desta motivação um alicerce para um ano de trabalho conjunto. Meter-se a caminho é uma proposta que deixo a cada um de vós. Sem medos, sem hesitações... Apenas com a coragem de quem quer ir, quem não tem receio de nenhum obstáculo... «Homens, sede homens» (Paulo VI).

O primeiro trimestre é dedicado à dimensão «CAMINHO». Pela Metodologia Educativa da IV Secção: "«O Caminho» evoca o ritual da viagem iniciática que assinalava, em diferentes sociedades, a passagem da adolescência à idade adulta. No Caminheirismo, o jovem é desafiado a escolher um itinerário de decoberta e de acção que o leve a tornar-se artesão de Mundo Novo. O Caminho simboliza assim a abertura, a largueza de vistas, a capacidade de aceitar a mudança e de viver a própria mudança. Mas o caminho, a estrada, é também um espaço de vida despojada, de rejeição do supérfulo, de atenção ao essencial. Graças a isto, tal como os peregrinos, o caminho dos Caminheiros é testemunho de vida Cristã. Finalmente o caminho, a estrada, é um lugar de preserverança, de experiência de uma lenta e paciente construção de si mesmo, de aprendizagem da capaciade de se comprometer para além do imediato, de ir até ao fim do compromisso."

A jornada começa se nos metermos à estrada. Não é apenas um acampamento onde se forma outra estabilidade, diferente daquela doméstica, mas sempre sólida e segura: é meter-se a caminho para em cada dia vencer uma nova meta sem nunca se destabilizar.

Há uma intuição, um desejo, um sonho; há aquele fascínio do desconhecido que atravessa o nosso coração e o seduz; há aquela atracção que vem de longe e vence as nossas relutâncias. Há uma sintonia misteriosa que conduz rumo a diversas realidades e aparentemente contrastantes com a nossa comodidade e o nosso bem-estar e nos faz superar a última resistência.

O chamamento para o «CAMINHO» vem de mais longe e de mais profundo: é o chamamento que soa dentro de nós, é uma voz diferente daquela que caracteiza o nosso espírito e que facilmente consegue distinguir-se. É no fundo a voz de DEUS, é aquela estrela que misteriosamente brilhou no Oriente e que fez com que os sábios viessem a Jerusalém: "Vimos a estrela e viemos".

Meter-se a caminho é, então, também uma maneira de verificar a própria fé, para compreender realmente o valor do crer, para tocar com as mãos naquilo que significa «procurar», isto é, saber sem ter visto, sentir a falta de qualquer coisa que comprime e que exige que seja preenchido.

Temos que sair, temos que iniciar o nosso caminho, abandonando o comum, os hábitos, mesmo os mais sagrados e metermo-nos à disposição de Deus, da comunidade, do agrupamento, da verdade inteira, do amor, da alegria que é verdadeiramente o nosso destino.

Precisa-se de uma boa dose de coragem... Estás preparado/a?

O nosso caminho vai começar, mas por sorte há alguém que nos convida, que nos acompanha, que inicia o caminho conosco. É Ele!!!


Forte Canhota,


Gonçalo Moura Costa"